Geografia da Paraíba

Mesorregiões geográficas

Zona da Mata ou Mata Paraibana

A mesorregião da Mata Paraibana é uma das quatro mesorregiões do estado brasileiro da Paraíba, composta por quatro microrregiões que são: João Pessoa,        Litoral Norte, Litoral Sul, Sapé .  É formada pela união de trinta municípios agrupados em quatro microrregiões.

 

A região foi à porta de entrada para a colonização européia, iniciada no século XVI. É chamada de “Zona da Mata” por que, originalmente, era coberta pela Mata Atlântica, que atualmente está quase extinta na região. O solo fértil vem sendo explorado desde a colonização.

Microrregiões

João Pessoa

         A microrregião de João Pessoa é uma das microrregiões da Paraíba pertencente à mesorregião da Zona da Mata Paraibana. Possui uma área total de 1.262,316 km²  dividida em seis municípios: João Pessoa, Bayeux, Conde, Santa Rita, Lucena e Cabedelo.

O litoral Paraibano

         O litoral paraibano divide-se em Litoral Norte e Litoral Sul. O limite entre esses dois seguimentos é representado pelo estuário do rio Paraíba. Apresenta uma extensão de 133 quilômetros com 56 praias. Toda a região do litoral caracteriza-se por uma relativa diversidade econômica responsável pela organização do seu espaço.

Em termos econômicos se desta como a agroindústria sucro-alcooleira, a extração mineral (ilmenita, titanita, zirconita, cianita, ao norte de Barra de Camaratuba, calcário (na grande João Pessoa); granito, em Mamanguape. Outras atividades econômicas são a pesca da lagosta, em Pitimbu, a agricultura e pecuária, além das granjas e sítios. Nos dias atuais uma atividade que tem se desenvolvendo e gerando renda é o turismo, em especial para as praias litorâneas.

Microrregião do Litoral Norte

             A microrregião do Litoral Norte é uma das microrregiões da Paraíba pertencente à mesorregião Zona da Mata Paraibana. Possui uma área total de 1.960,67 km² dividida em onze municípios: Mataraca, Baia da Traição, Marcação, Rio Tinto, Mamanguape, Capim, Cuité de Mamanguape, Itaporoca, Curral de Cima, Pedro Régis e Jacaraú. 

Microrregião do Litoral Sul

A microrregião do Litoral Sul da Paraíba pertencente à mesorregião Zona da Mata Paraibana. Possui uma área total de 869,99 km² dividida em quatro municípios: Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo e Pitimbu.

Microrregião de Sapé

A microrregião de Sapé pertencente à mesorregião Zona da Mata Paraibana. Possui uma área total de 1.139,59 km² dividida em nove municípios: Sapé, Mari, Cruz do Espírito Santo, Sobrado, Riachão do Poço, São Miguel de Taipu, São José dos Ramos, Pilar e Juripiranga.

 

Aspectos físicos da Zona da Mata - Unidades Geomorfológicas

Compreendendo o litoral, a parte leste do Estado, onde predominam as planícies litorâneas e os tabuleiros, como principais formas de relevo. A Mata Atlântica que existia foi praticamente substituída pela cana-de-açúcar. Possui um regime de chuvas geralmente abundantes, especialmente nos meses de março a julho, quando as chuvas são regulares.

No litoral tropical úmido, dominam as seguintes Unidades Geomorfológicas modeladas em rochas sedimentares:

·         Baixada Litorânea (ou Planície Litorânea)

Ø  Praias

Ø  Restingas

Ø  Estuários

·         Baixo Planalto Costeiro (Tabuleiro)

Ø  Falésias

Ø  Vales fluviais (Várzeas)

Na Baixada Litorânea, o trabalho do mar e dos rios durante o Quaternário deu origem às praias, às restingas e aos estuários.

As praias da Paraíba são arenosas . Elas são estreitas no litoral sul, limitadas pelo Baixo Planalto que se aproxima muito do oceano, como a praia do Cabo Branco, Penha, entre outras, e são pouco mais amplas no litoral norte, onde o baixo planalto está mais afastado do oceano, como Lucena, Barra de Mamanguape, Barra de Camaratuba, etc. As faixas mais largas da Baixada Litorânea correspondem às planícies de restingas, formadas por inúmeros Cordões litorâneos (Figura 3).

         A restinga é um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas herbáceas características. Ou ainda, de acordo com a resolução 07 de 23 de julho de 1996 da CONAMA, "entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que do clima".

            Nesse contexto, no litoral da Paraíba, destaca-se a planície de restinga de Cabedelo , incluindo o trecho Manaíra/Bessa em João Pessoa, é a mais expressiva na extensão e na forma (típica flecha de areia paralela à costa).

 

Um estuário é a parte de um rio que se encontra em contato com o mar. Por esta razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água salobra. Do ponto de vista da ecologia e da oceanografia, um estuário é uma região semi-fechada do oceano influenciada pelas descargas de água doce de terra, quer seja um ou mais rios, ou apenas da drenagem do continente.

Há várias formas de estuários, determinadas não só pela geomorfologia da costa, mas também pelas características do(s) rio(s) e das massas de água oceânicas que ali se encontram. Uma destas formas é o rio.

Um aspecto muito importante é que, devido aos nutrientes que as águas de terra transportam, um estuário é geralmente uma região com elevada produtividade biológica. No entanto, devido a ser uma região semi-fechada, sofre particularmente os efeitos da poluição e pode transformar-se num deserto biológico.

Na Paraíba, destaca-se os estuários do Rio Paraíba, destacam-se os estuários do Rio Paraíba, do Rio Mamanguape e do Rio Gramame, como os mais extensos. Quando o fluxo de água doce é muito pequeno e estreito (riachos), as desembocaduras são chamadas de “maceiós”. Ao contrário dos estuários, os “maceiós” perdem temporariamente seu contato direto com o mar (RODRIGUEZ, 2002, p.28).  

Dentro do mar, numa distância média da costa de 1 km, aparecem, de forma descontínua, os recifes, que podem ser coralíneos (formados por corais) como os que aparecem no Bessa e em Manaíra, por exemplo, e areníticos, em Barra de Mamanguape, Baía da Traição, etc., que são constituídos por areias consolidadas há bastante tempo.

Em quase todas as praias do litoral sul, percebem-se altos paredões escapados, quase verticais, cuja base está sempre recebendo o impacto da água marinha, através do movimento das marés. São as vertentes orientais do Baixo Planalto Costeiro, que erodidas na base por ação das ondas, vão desmoronando em blocos, formando as falésias vivas, como as da Ponta de Cabo Branco, de Jacumã, de Gramame, de Tabatinga, etc. (RODRIGUEZ, 2002, p.28).   

No litoral norte, o planalto bem afastado da linha do mar não recebe mais a ação deste, constituíndo as “falésias mortas”, ou seja, escapadas que foram modeladas pela erosão marinha em perídos passados o nível dos oceanos era mais elevados que o atual.

O Baixo Planalto é um pacote sedimentar que foi depositado entre o fim do do Terciário e o início do Quarternário, a partir da erosão do Maciço da Borborema. Essa superfície se apresenta quase horizontal, “Tabular”, daí a denominação de Tabuleiros, que se apresenta inclinada de oeste para leste, estendendo-se de norte a sul por toda a faixa do litoral (RODRIGUEZ, 2002, p.29).

 

 

Referências

RODRIGUEZ, Janete Lins. Atlas Escolar da Paraíba. João Pessoa: GRAFSET, 2002.

Disponível em . Acesso em 02/06/2011

Disponível em . Acesso em 02/06/2011

 

Texto: Prof.: Crisólogo Vieira de Souza

 Postado em 08 de junho de 2011

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Acesse o vídeo que mostra a diversidade de Praias da Paraíba: https://www.youtube.com/watch?v=zu2F3WTmgdA&feature=fvsr